Eventos Extremos: Como Enfrentar o Novo “Normal” Climático
- Ramus Vita

- 22 de ago.
- 2 min de leitura
Rumo a uma ecologia política das alterações climáticas orientada para o futuro
É somente repolitizando os futuros sem precedentes que temos pela frente que as opções políticas futuras podem ser reconfiguradas, e a cidade pode ser reimaginada e transformada.
Nos últimos anos, temos acompanhado uma realidade incontornável: eventos climáticos extremos estão deixando de ser exceções e se consolidando como o novo “normal”. Secas prolongadas, enchentes devastadoras, ondas de calor recorde e tempestades intensas são sinais de um futuro climático marcado pela incerteza.
Diante desse cenário, surge uma questão central: como podemos reimaginar nossas cidades, nossos modos de produção e nossas relações com a natureza para reduzir riscos e construir resiliência?
Isso levanta questões sobre a extensão e as maneiras pelas quais as socionaturezas do passado podem ser mobilizadas para essa tarefa.
Em um mundo de extremos climáticos sem precedentes, ecólogos políticos se deparam com o desafio de teorizar cidades em um contexto de maior incerteza e rápidas transformações.
O Desafio dos Futuros Sem Precedentes
A pesquisa de Rusca (2024), publicada no periódico Geoforum, chama atenção para a urgência de uma ecologia política orientada para o futuro. O estudo destaca que a simples crítica às práticas passadas já não é suficiente. É necessário criar cenários inovadores, capazes de antecipar os impactos das mudanças climáticas e orientar políticas públicas e decisões empresariais.
Isso implica em:
Planejamento preventivo, considerando cenários críticos de seca e inundação nos estudos ambientais;
Gestão adaptativa da vegetação e da fauna, com inventários florestais, monitoramento de fauna e manejo de áreas de risco;
Compensações socioambientais justas, que reduzam desigualdades e fortaleçam comunidades;
Educação e participação social, como ferramentas essenciais para criar soluções coletivas.
A Visão da Ramus Vita
Na avaliação do CEO da Ramus Vita, Edinei Teixeira Moreira:
“Os eventos climáticos extremos deixaram de ser exceções para se tornarem regra. A questão que se impõe não é apenas como reagir a essas crises, mas como redesenhar nossas cidades, nossos modos de produção e de consumo para antecipar e mitigar seus efeitos. Sustentabilidade não pode ser vista como acessório: é um eixo central para proteger vidas, economias e ecossistemas.”
Essa visão traduz o posicionamento da Ramus Vita frente ao desafio climático: atuar de forma integrada, conectando ciência, gestão ambiental e compromisso social.
Transformar para Proteger
Os extremos climáticos são mais que fenômenos naturais: são indicadores de que nossas cidades, políticas e práticas precisam ser revistas. Para a Ramus Vita, enfrentar esse desafio significa assumir um papel ativo na construção de soluções sustentáveis — do monitoramento de fauna em rodovias, aos laudos de cobertura vegetal em áreas urbanas e inventários florestais em rodovias e empreendimentos.
Cada ação técnica carrega um objetivo maior: preparar territórios e comunidades para um futuro mais seguro e equilibrado.
A ciência climática já nos alerta: os extremos vieram para ficar. Cabe a nós, enquanto sociedade, empresas e instituições públicas, decidir se enfrentaremos esse cenário de forma reativa ou se teremos a coragem de reimaginar e transformar nossas cidades em espaços resilientes e inclusivos.
Na Ramus Vita, acreditamos que a segunda opção é a única possível.
Fonte: Rusca, M. (2024). Towards a future-oriented political ecology of climate change. Geoforum, 153, 103921.



